Um homem de 32 anos de idade encontra-se sob custódia da Polícia, indiciado de matar a esposa e depois atirar o corpo numa mata, supostamente para ocultar o crime, na noite da última segunda-feira, no distrito de Marracuene, província de Maputo.
O homicídio, originado por razões passionais, deu-se no bairro Massinga. O homem tirou a vida à sua mulher, de 24 anos de idade, recurso a um pau de pilar. A vítima e o agressor viviam juntos há dois anos.
Segundo o indiciado, a briga entre o casal e que acabou da pior forma iniciou na sexta-feira da semana passada, devido a uma alegada traição da esposa.
Na mesma sexta-feira, o casal foi ao Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Marracuene em busca de solução perante o problema que lhes opunha.
Entretanto, nem a intervenção das autoridades policiais pôde serenar os ânimos. Na noite de segunda-feira, depois de mais uma briga, o homem pegou num pau de pilar, com o qual desferiu um golpe fatal contra a sua consorte.
Consumado o crime, o acusado arrastou o corpo e atirou-o numa mata na tentativa de ocultar o crime. De seguida, foi ter com os seus pais e confessou que tinha cometido um crime. Acto contínuo, o homem dirigiu-se à esquadra, onde pessoalmente submeteu a queixa contra si e acabou detido.
Na reconstituição do crime, o suposto homicida contou: “começámos a briga, peguei num pau, bati nela e caiu no sofá. Quando bati nela começou a sangrar e levei duas capulanas fechei onde estava a sair sangue. Depois descobri que não respirava, levei o corpo e deixei numa mata. Estou arrependido pelo o que fiz”.
Os vizinhos reportaram um histórico de turbulência entre o casal. Joaquina Alberto e Ricardina Fabião disseram que conviviam com o casal. “Eles viviam em brigas. Lutavam sempre. Por várias vezes, tentámos acudir mas sem sucesso. E o que aconteceu está a deixar-nos chocados”, afirmou uma das vizinhas.
No local do crime ainda há vestígios. Foi possível ver roupa ensanguentada e manchas de sangue na mata onde o corpo da vítima foi atirado.
A Polícia garante ter já lavrado o auto do crime. Fernando Manhiça, porta-voz da PRM nas província de Maputo, disse ao “O País” que o suspeito será encaminhado a outras instâncias da justiça para os trâmites subsequentes.
A fonte comentou que, “tratando-se de um homicídio qualificado” e porque “houve intenção de matar” o indiciado pode “apanhar pena máxima”.
O País