O advogado sul africano, Rudi Krause, espera obter liberdade provisória sob caução para o seu cliente, o antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, detido na semana passada em Joanesburgo, onde estava em trânsito para o Dubai. Krause disse à “Carta”, esta manhã, que na audiência de terça-feira, no Kempton Park Magistrate Court, a defesa vai concentrar-se na obtenção de uma caução para que Chang aguarde em liberdade os subsequentes procedimentos visando a sua requerida extradição para os EUA.“Não faz sentido que o meu cliente permaneça detido até que o processo da extradição seja decidido”. Ele explicou que o Departamento de Justiça americano ainda não submeteu toda a papelada necessária para sustentar o pedido de extradição e tem 60 dias para fazê-lo, contados a partir do dia em que Chang foi detido, faz já uma semana. Ou seja, Chang corre o risco de permanecer 2 meses detido em Joanesburgo esperando por essa decisão. Krause acha que não há motivos para que o antigo Ministro de Armando Guebuza permaneça tanto tempo preso antes do seu julgamento.
Não há risco de fuga, garantiu. Rudi Krause acrescentou que o facto de os 3 co-acusados de Chang detidos em Londres na semana passada (nomeadamente o neo-zelandês, Andrew Pearse, o britânico Surjan Singh e a búlgara Detelina Subeva) terem todos obtido liberdade provisória sob caução é um trunfo a esgrimir nas suas alegações na audiência de terça-feira. Fonte de “Carta” disse que Chang encontra-se numa prisão com direito a comunicação por telefone, recebe visitas e que já se encontrou com uma delegação enviada pelo governo, que lhe está a dar apoio. A audiência no tribunal de Kempton Part, na sua sala D, está marcada para as 9 horas e será aberta ao público, informou o advogado.
(M.M. /Carta)