Presidente do MDM considerou o assassinato do presidente de Nampula de “acto macabro e bárbaro”
O presidente do MDM, Daviz Simango, afastou qualquer envolvimento do partido na morte do edil de Nampula, Mahamudo Amurane, na noite de quarta-feira, 4, e desvalorizou as acusações nas redes sociais sobre “ajustes internos”.
Ele atribuiu a “desinformação” aos dectratores da terceira força politica moçambicana.
“O MDM repudia fortemente este acto de brutalidade, agressão gratuita e covardia, pelo que exige que este crime não deve passar impune, como outros crimes públicos conhecidos”, precisou Daviz Simango, manifestando-se indignado com o crime.
Duro golpe ao Estado de Direito
Amurane pertencia ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), mas há algum tempo a esta parte ele estava em conflito com o partido liderado por Daviz Simango, também edil da Beira.
Entretanto, em comunicado, o Comité de Emergência para a Protecção das Liberdades, constituído por jornalistas, editores e especialistas da imprensa de Moçambique, considera que o assassinato de Amurane representa um “duro golpe” ao processo de construção e ou consolidação do Estado de Direito e democrático em Moçambique.
“O acto macabro e cobarde que tirou a vida a Mahamudo Amurane há de visar, bem vistas as coisas, todos os que se expressam livremente, em linha com os princípios estruturantes do Estado de Direito Democrático, que o nosso país os subscreve formalmente, conforme o atesta a Constituição da República de Moçambique”, avança o grupo que apela que se proceda, no mais curto espaço de tempo possível, ao esclarecimento do assassinato do edil de Nampula, levando os suspeitos a julgamento.
Casos “esquecidos”
Refira-se que o assassinato de Mahamudo Amurane segue-se a vários, ainda não esclarecidos, com destaque para os do constitucionalista franco-moçambicano Gillles Cistac, Jeremias Pondeca (membro do Conselho de Estado pela Renamo),juiz Dinis Silica, procurador Marcelino Vilanculos, e José Manuel, então membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança (pela Renamo), entre outros.
Da mesmas forma houve atentados à integridade física do professor José Jaime Macuane, do deputado da Assembleia da República e secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo e Carlos Jeque, advogado e político.
VOA