Vinte e quatro horas depois de Paulo Nazaré, Porta-voz da Polícia ao nível da cidade de Maputo, ter dito que o cidadão de nome Miro Chilaúle – que foi baleado mortalmente na tarde de ontem na estrada circular – se fazia passar de agente da PRM para fins criminosos, “O País” foi à casa da vítima e os familiares rebateram a versão, tendo garantido que o finado fazia parte da corporação pelo menos há 10 anos.
Apesar de terem afirmado categoricamente que o finado fazia parte da Polícia, os familiares de Miro Chilaúle recusaram-se a mostrar qualquer documento de prova, remetendo a nossa reportagem ao Comando-Geral da PRM.
Entretanto, a versão da família é confirmada pela Associação Moçambicana de Polícias. “Nós confirmamos que ele pertencia a Polícia porque conhecemo-lo. O que não podemos confirmar é o tipo de curso que ele fez, porque na Polícia há vários tipos de formações. Outrossim, há agentes que vêem do SISE e do Ministério da Defesa. O que nós sabemos é que ele exercia algumas actividades dentro da Polícia. Ele tinha acesso ao Comando da cidade, entrava nas esquadras, andava com agentes da Polícia de Investigação Criminal”, rebateu Nazar Muanamane, presidente da agremiação.
Muanamane disse que cabe ao Comando-Geral da PRM esclarecer que tipo de trabalho a vítima desenvolvia e se teria ou não se desviado das suas competências. “O que o Comando-Geral tem que dizer é se ele era um mau Polícia ou não. Se ele havia se desviado das suas atribuições, porque estava sempre com a Polícia. Tem que esclarecer que tipo de trabalho fazia dentro da corporação. E já que o Comando da Cidade diz que ele não era agente da PRM o que ele era”, questionou.
Fonte: O País