Alberto Chipande, ministro da Defesa de Moçambique durante os 11 anos da presidência de Samora Machel, considera que o estadista deixou uma herança para todas as idades e a luta pela prosperidade de todos os moçambicanos como um grande ideal.
“A recordação [de Samora Machel] é enorme, deixou uma herança para todas as idades, desde as crianças, que considerava as ´flores que nunca murcham até à juventude, que dizia que era ´seiva da nação“, afirmou Chipande, em declarações à Lusa.
A determinação de Machel na luta pela “independência total e completa” de Moçambique, realçou o antigo ministro da Defesa, é um exemplo de bravura que as actuais e futuras gerações devem seguir.
“Ele está connosco, na mentalidade, na cabeça, ele já deixou um grande legado e fez tudo o que podia, em todas as gerações, em todas as idades, Samora vive. Falta a presença física, mas Samora vive, 24 horas sobre 24 horas”, sublinhou Alberto Chipande.
Chipande é considerado pela historiografia oficial em Moçambique como o autor do primeiro tiro que marcou o início da luta armada contra o colonialismo português, em 25 de setembro de 1964, que se prolongou até à assinatura do Acordo de Lusaca, que preparou as condições para a independência, em 25 de junho de 1975.
O primeiro Presidente moçambicano morreu num desastre de aviação a 19 de outubro de 1986 em Mbuzini, na África do Sul, quando viajava entre a Zâmbia e Maputo.
As autoridades moçambicanas mantêm até hoje a versão de que o avião foi derrubado intencionalmente pela África do Sul.
Fonte:https://todaverdademoz.blogspot.com/2016/10/chipande-diz-que-samora-deixo-um-legado.html?spref=fb