Foi através de uma nota de imprensa com o número 05/GCCC/DCI/012.3/2024 que o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) trouxe ao público sobre a existência de processos-crime a correr neste gabinete, autuados em setembro do ano 2023, cujo objecto incide sobre a apropriação indevida de 40.691.022,00 MT, alocados ao Estado Maior General das FADM.
Segundo o GCCC, “com efeito, a instrução logrou apurar fortes indícios de prática de crimes de peculato, enriquecimento ilícito, abuso de cargo ou função, fraude fiscal, associação criminosa e branqueamento de capitais”.
De acordo com o GCCC, “uma vez observadas todas as formalidades legais, o GCCC deteve, no dia 19 de agosto de 2024, três membros das Forças Armadas exercendo funções na área de administração e finanças e outros quatro indivíduos do sector de construção sem vínculo com o Estado.”
Ainda no âmbito do processo, foram apreendidos três imóveis de habitação e três viaturas. Conforme avança o GCCC, “dentro do prazo legal, os arguidos serão presentes ao juiz de instrução para efeitos de primeiro interrogatório judicial e fixação de medidas de coação, prosseguindo a instrução, finda a referida diligência.”
Lembre-se que este não é o primeiro rombo relacionado com o sector de defesa de Moçambique, recentemente, o GCCC revelou que detectou-se um rombo de cerca de 52 milhões de meticais no Ministério da Defesa Nacional (MDN) onde estão implicados três altos quadros daquela Instituição. Em tempos outros quadros da Instituição foram julgados e condenados por desvio de milhões de meticais do Aparelho de Estado.
De salientar que nos últimos anos os escândalos financeiros e logísticos relacionados com o sector de defesa nacional têm sido constantes, havendo informações concretas de atraso ou falta de salários de vários militares que se encontram no Teatro Operacional Norte (TON) e outros locais e sectores estratégicos do País. (O.O.)