
A Comissão Eleitoral da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) confirmou oficialmente, ontem, segunda-feira (05), através de edital, a exclusão de Álvaro Massingue da lista de candidatos à presidência da maior organização representativa do setor privado no país, mesmo depois do tribunal ter autorizado sua candidatura.
Massingue, que é presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, foi desqualificado por alegado incumprimento dos requisitos formais exigidos pelo regulamento eleitoral. A decisão marca um ponto de viragem na disputa, que inicialmente se previa mais concorrida.
Com a exclusão, seguem para o escrutínio agendado para o próximo dia 14 de Maio apenas dois candidatos: Lineu Candeeiro, presidente da Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE) e CEO do Grupo LIN, e Maria Assunção Abdula, conhecida como São Abdula, experiente gestora e administradora executiva da Intelec Holdings.
Candeeiro surge com uma proposta de renovação e aposta na inovação, com foco no fortalecimento das pequenas e médias empresas (PMEs) e na modernização do diálogo público-privado. Já Abdula apresenta-se como uma voz experiente e equilibrada, defendendo o associativismo empresarial, a continuidade institucional e o empoderamento feminino no mundo dos negócios — sendo, inclusive, a primeira mulher a disputar a
presidência da CTA.
O próximo presidente da CTA terá o desafio de representar e articular os interesses do setor privado moçambicano num contexto de recuperação económica e de busca por reformas que promovam um ambiente de negócios mais inclusivo e competitivo.