
A Missão de Observação da União Europeia (MOE UE) para as eleições gerais em Moçambique defende que Venâncio Mondlane, o segundo candidato presidencial mais votado, participe no atual diálogo político em curso no país.
A posição foi destacada pela chefe da missão, Laura Ballarín, em declarações aos jornalistas, após a entrega do Relatório Final de Observação ao presidente eleito, Daniel Chapo. O documento, entregue na semana passada em Maputo, reúne as conclusões de dois meses de monitoramento do processo eleitoral de 9 de outubro, apontando diversas irregularidades e discrepâncias que comprometeram a integridade dos resultados.
Em entrevista à VOA, Laura Ballarín reforçou a necessidade da inclusão de Venâncio Mondlane no diálogo político iniciado pelo ex-presidente Filipe Nyusi e continuado por Daniel Chapo, que, até agora, tem envolvido apenas os partidos políticos.
“Nossa mensagem para todos os actores políticos com os quais nos reunimos tem sido a mesma: o diálogo político que pode trazer solução política e pacífica para Moçambique tem de ser inclusivo, isto é, Venâncio Mondlane deve estar nessa mesa”, afirmou Ballarín.
Além dessa recomendação, os observadores europeus sugeriram uma revisão da Lei Eleitoral moçambicana e uma reestruturação do sistema de administração eleitoral em todos os níveis.