A detenção do empresário moçambicano Nini Satar na Tailândia, condenado a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso em 2000, coloca em debate a situação da justiça em Moçambique.

Nini Satar vai a julgamento acusado de três crimes

O Ministério Público acusou Nini Satar, capturado em Julho na Tailândia após violar as regras de liberdade condicional, por falsificação de passaporte, uso de nome falso e corrupção.

Fonte do Ministério Público, citada pelo jornal Notícias, o principal diário do país, armou que o processo-crime contra Nini Satar já foi submetido ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para o respectivo julgamento.

Além de Nini Satar, a acusação implica um seu sobrinho, cujo nome foi adoptado pelo foragido no passaporte que lhe permitiu a entrada na Tailândia, e uma funcionária do Serviço Nacional de Migração, que emitiu o documento.

Nini Satar foi capturado na Tailândia pelas autoridades do país, em cumprimento de um mandato internacional.

 O foragido recusou voltar ao país, depois de ter obtido uma autorização judicial para tratamento médico no estrangeiro, na sequência de uma liberdade condicional, após cumprir metade dos 24 anos de prisão a que foi condenado em 2003 pelo homicídio do jornalista moçambicano Carlos Cardoso.

A justiça nacional também suspeita que Nini Satar seja um dos mandantes da onda de raptos que atingiu Maputo entre 2011 e 2014, visando principalmente homens de negócios ou seus familiares.

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