A detenção do empresário moçambicano Nini Satar na Tailândia, condenado a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso em 2000, coloca em debate a situação da justiça em Moçambique.

Prisão de Nini Satar pode “credibilizar” a justiça moçambicana

Analistas debatem a justiça do país

A detenção do empresário moçambicano Nini Satar na Tailândia, condenado a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso em 2000, coloca em debate a situação da justiça em Moçambique.

Alguns analistas dizem que, tendo em conta a forma estranha como foi concedida a liberdade condicional a Satar, por alegado bom comportamento, a justiça moçambicana tem agora a oportunidade de se credibilizar junto da opinião pública, trazendo-o de volta ao país, para que possa cumprir o resto da pena na prisão.

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Nini Satar saiu em liberdade condicional, em Setembro de 2014,depois de ter cumprido mais de 12 anos da pena a que havia sido condenado porque, de acordo com a decisão do juiz Adérito Malhope, Nini tinha bom comportamento na cadeia.

A decisão de Malhope tem sido alvo de duras críticas por ter ordenado a soltura de um indivíduo que causou graves problemas à sociedade.

Mas para Fernando Gonçalves, editor do Savana, jornal que chegou a ser processado por Nini Satar, mesmo estando fora de Moçambique, as críticas não devem ser dirigidas apenas àquele juiz, mas ao sistema da justiça no seu todo.

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Nini processou o Savana por o jornal ter denunciado os seus crimes.

Gonçalves destacou que “Nini controlava o sistema, mesmo estando fora do país, e isto revela a podridão profunda que enferma o nosso sistema, porque não havia bom comportamento que justificasse a sua liberdade condicional”.

VOA

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