A Frelimo, ao nível da cidade de Maputo, já não vai eleger, este fim-de- semana, a lista definitiva dos candidatos a membros efectivos da Assembleia Municipal, assim como dos suplentes

Há muita confusão nas internas da Frelimo ( Cabeça de lista Maputo)

Cidade de Maputo e a eleição do cabeça de lista

A Frelimo, ao nível da cidade de Maputo, já não vai eleger, este fim-de- semana, a lista definitiva dos candidatos a membros efectivos da Assembleia Municipal, assim como dos suplentes. Segundo se sabe, a lista deverá indicar o cabeça de lista, figura que, à luz da nova legislação eleitoral, entretanto, ainda em fase de consensualização, concorre automaticamente ao cargo de Presidente do Conselho Autárquico.

Segundo soube o mediaFAX de fonte ligada ao processo, a sessão que devia ter lugar neste fim-de-semana, mais concretamente entre sexta e sábado, já não vai acontecer.
Ao que soubemos, o adiantamento fica a dever-se ao barulho que está instalado no seio partidário, mormente à lista definitiva (dos candidatos a cabeça de lista) que deve seguir até à decisão do único cabeça de lista da Frelimo para a cidade de Maputo.

Enquanto os camaradas na cidade de Maputo procuram consensos e “pactos de não agressão”, uma nova data decisória foi marcada. A sessão de dois dias deverá ter lugar nos dias 13 e 14.

Oficialmente, a Frelimo justifica o adiamento com base no argumento segundo o qual, o processo da eleição em um “grande partido” é complexo, daí a necessidade de “tempo adicional”.

Entretanto, o mediaFAX sabe que a questão de fundo por detrás do adiamento tem a ver, isso sim, com a “grande confusão” que está instalada no seio partidário. É que cada grupo, de um dia para o outro, decide impor o seu candidato. O processo até começou bem, com uma lista de candidatos que se poderia gerir, mas com o passar do tempo, mais candidatos foram aparecendo. A uma dada fase, parecia que todos queriam concorrer sob imposição deste ou daquele grupo. Ou desta ou daquela zona.

A tentativa de intromissão, à última hora, da candidatura do próprio Primeiro Secretário da Cidade, Francisco Mabjaia, foi uma das primeiras questões que deram confusão. Depois de muito burburinho, um meio-termo acabou sendo assinado, tendo vincado a ideia de que não se poderia admitir a candidatura de Mabjaia porque estaria a actuar na condição dupla de árbitro e jogador ao mesmo tempo, visto que o processo deve, no fim, ser decidido pelo Comité da Cidade.

Ultrapassado este caso, uma lista infindável foi nascendo, de tal sorte que actualmente se fala de oito candidaturas.

Actualmente, o barulho tem muito a ver com a (também) intromissão, à última hora, da candidatura de Eneas Comiche, que dirigiu a autarquia de Maputo no período de 2004 a 2008. No concreto, o barulho em torno desta figura está relacionado ao facto de as directivas da Frelimo para o processo autárquico impor que o candidato saia da base, o que parece não ser o caso de Eneas Comiche. O que se diz é que Comiche foi imposto pela Comissão Politica da Frelimo, órgão que, no fim, deve chancelar a candidatura que será decidida pelo Comité da Cidade.

A última lista que circulou dava conta das candidaturas de Edson Macuacua, Fernando Sumbana Júnior, Gilberto Mendes, João Matlombe, Razaque Manhique e Samora Machel Júnior. Este último aparece como a figura mais consensual no seio da Frelimo, apesar de a ala conservadora manter a desconfiança sobre as reais capacidades e compromisso do filho do primeiro presidente do Moçambique Independente, Samora Moisés Machel.

Fonte: Savana

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