O Conselho de Ministros aprovou, ontem, o decreto que renova a extensão da concessão do Porto da Beira a Cornelder por mais 15 anos

Empresa de Mesquita ganha mais 15 anos para explorar porto da Beira

O Conselho de Ministros aprovou, ontem, o decreto que renova a extensão da concessão do Porto da Beira a Cornelder por mais 15 anos, a partir de 2023, que é a data inicialmente prevista para o termo do contracto de concessão.

O governo justifica que esta concessão vai permitir a realização de investimentos adicionais por parte da companhia. São investimentos considerados imprescindíveis, tendo em os desafios e o aumento de utilização do porto da Beira, tanto para o abastecimento da região centro, assim como para o abastecimento do hinterland da África Austral.

Trata-se do projecto de reabilitação da EN6, com 300 km, da linha férrea da Beira-Machipanda, com 317 km, bem como o projecto de dragagem de emergência do Porto da Beira, na perspectiva de aumentar a sua profundidade por mais 8 metros.

Segundo a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, prevê-se que sejam injectados 290 milhões de dólares e em termos de impacto espera-se que se registe aumento do manuseamento de carga e descarga do terminal de contentores, de 300 para 700 mil contentores por ano, aumento da capacidade de carga geral dos actuais 700 mil toneladas para 1 milhão para cada um dos 4 cais e espera-se impulsionar e dinamizar as economias de escala.

“Os investimentos adicionais podem melhorar a balança de pagamentos, gerando 900 milhões de dólares e espera-se que contribuam com novos postos directos em 1000 e indirectos 6 mil”, disse a também vice-ministra da Cultura e Turismo.

Aliás, o Governo já tinha aprovado uma resolução em que o solicitava a concessionária para realizar mais investimentos, modernizar e adequar a infra-estrutura à demanda daquilo que vai ser o tráfego na região.

Pelo facto de Carlos Mesquita, ministro dos Transportes e Comunicação, ter interesses participativos na concessionária, o governo será representado pelo ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, na assinatura dos contratos.

Savana

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