O vídeo já circulou nas redes sociais num passado nao muito distante e agora após a decapitação de 10 pessoas um grupo alegadamente radical voltou a mandar o recado através das redes sociais.

Após decapitar 10 pessoas grupo radical envia recado ao Governo ( Vídeo)

O vídeo já circulou nas redes sociais num passado não muito distante e agora após a decapitação de 10 pessoas um grupo alegadamente radical voltou a mandar o recado através das redes sociais.

Acção ocorreu no fim-de-sema e é atribuída a um grupo alegadamente radical.

Um clima de terror e medo regressou à várias aldeias de Palma, em Cabo Delgado, após a decapitação de dez pessoas, ao longo do fim-de-semana.

“É um ambiente de temor (…) a cada dia que passa aumentam os problemas, razoes pelas quais (as populações de Monjane) algumas famílias estão a mudar-se para a vila sede de Palma”, relatou um residente de Palma.

Na manhã desta terça-feira, os populares relatam ter visto pelo menos cinco presumíveis atacantes detidos.

“O número (de atacantes) é maior lá nas matas; esse grupo estava a tentar atravessar o mar para a outra margem vizinha da Tanzânia”, disse o nosso interlocutor.

O Comando Geral da Polícia diz ter reforçado a vigilância naquela região.

“Essas são acções de desespero e nós condenamos de forma veemente e tudo quanto esta sendo feito neste momento é encontrar estes indivíduos para os colocar na prisão, para a devida responsabilização de forma copiosa”, disse Inácio Dina, porta-voz do Comando Geral da Policia.

Diversas leituras sobre as causas

Na semana passada, os académicos João Pereira e Salvador Forquilha divulgaram um estudo sobre os ataques em Palma, Mocimboa da Praia, Macomia, distritos de Cabo Delgado, no qual explicam que o principal objectivo não é a criação de um estado islâmico no norte do país.

“O primeiro objectivo é criar uma situação de instabilidade na região para permitir o negócio ilícito no qual as suas lideranças estão envolvidas; o outro é a partir desses negócios ilícitos também alimentar outras redes, por exemplo com o comando das milícias que no Congo, Somália, Quênia e Tanzânia”, disse João Pereira.

Pereira explica ainda que esta situação deriva do sentimento de marginalização das populações de etnia Muani.

Na perspectiva dos Muani, diz Pereira, “eles dizem que sempre foram superiores em relação aos Makonde e hoje o processo inverteu-se – grande parte dos filhos trabalha nas machambas dos outros, referindo-se aos Makondes – então há uma clivagem silenciosa lá”.

Outra leitura sobre o grupo é dada pelo Sheik Saide Abibe: “inicialmente o grupo era conhecido como Al Suna Wal Jamal, este é um termo árabe que pode significar adeptos da tradição profética e da congregação.

O líder religioso acrescenta que “na opinião do grupo, as comunidades locais não estavam a praticar o islão genuíno, eles nao aceitam dialogar com as estruturas administrativas locais, não aceitaram dialogar com ninguém”.

Cabo Delgado é onde estão a decorrer grandes projectos de exploração de gás e petróleo.

Assista ao vídeo:

VOA

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