Moçambique propôs aos credores da dívida oculta um perdão de metade dos juros que lhes deve (124 de 249 milhões de dólares)

Moçambique propôs aos credores da dívida oculta um perdão de metade dos juros

Governo em reuniões com FMI, Banco Mundial e negociadores das dívidas ocultas

Uma comitiva liderada pelo ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, participa no evento anual, anuncia o executivo em comunicado.

A agenda inclui ainda um encontro com os assessores do Governo para as questões financeiras e jurídicas“, das empresas Lazard Frêres e White & Case, respectivamente, refere a nota.

 O objectivo é “obter informação sobre os progressos das negociações” que aquelas duas firmas têm em mãos, em nome do Estado moçambicano, “com os credores da dívida comercial e garantida, nomeadamente Mozam 2013 (ex-EMATUM), Proindicus e MAM, na sequência da reunião de Londres nos dias 20 e 21 de Março“, acrescenta.

 Moçambique propôs aos credores da dívida oculta um perdão de metade dos juros que lhes deve (124 de 249 milhões de dólares) e um reescalonamento de todos os reembolsos para mais tarde, aguardando agora por contrapropostas.

 “Temos de ter uma solução, porque, se não tivermos, este assunto vai estar sempre na imprensa, este crédito vai contribuir negativamente para o ‘rating’ de Moçambique“, referiu Adriano Maleiane à Lusa, dois dias depois das conversações em Londres.

A delegação que se desloca esta semana aos Estados Unidos inclui o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, outros quadros do banco central e do Governo, anunciou o executivo em comunicado

Para este ano, o principal tema das reuniões de Primavera é ‘Conhecer Aspirações e Desafios Globais‘”, destaca.

 Por outro lado, “está também previsto um encontro com o director executivo do grupo africano de que Moçambique faz parte no FMI, para abordar o progresso das reformas estruturais em curso no país, e com o departamento fiscal do fundo para avaliar o programa de assistência técnica“.

 A delegação será igualmente recebida “pelo vice-presidente do Banco Mundial para África, parceiro importante no financiamento ao desenvolvimento de Moçambique“, conclui. ANGOP

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