O arguido Zófimo Muiuane, acusado de ter morto a tiro a própria esposa, Valentina Guebuza, em 2016, nega todas as acusações que pesam sobre si.

Zófimo Muiuane nega todas acusações que pesam sobre si

O arguido Zófimo Muiuane, acusado de ter morto a tiro a própria esposa, Valentina Guebuza, em 2016, nega todas as acusações que pesam sobre si. O réu prestou declarações, hoje, no tribunal da cidade de Maputo, durante a primeira sessão de julgamento.

Por volta das 8 horas e 45 minutos, o ex-presidente moçambicano, Armando Guebuza, pai de Valentina Guebuza, falecida em Dezembro de 2016, vítima de baleamento, chegava ao local do julgamento. A essa altura, o grupo de jornalistas aguardava a chegada do arguido, Zófimo Muiuane, que se fez presente por volta das 10 horas. Já na sala, estavam presentes os familiares do réu, da vítima e os advogados de defesa de ambas partes.

O réu de 44 anos de idade é acusado de ter morto a sua própria esposa com dois tiros na zona do abdómen e o outro no tórax, em 2016, depois de uma discussão conjugal. Além disso, Zófimo Muiuane é acusado de posse ilegal de arma, pois, segundo o Ministério Público, continha na sua residência quatro armas de fogo ilegais. E o réu ainda é acusado de falsificação de identidade, porque foi encontrado em sua residência um passaporte de nacionalidade sul-africana, com a sua foto e o nome de Washington Dube.

A sessão do julgamento durou cerca de 8 horas de tempo. O réu prestou declarações em sua defesa ao descrever o momento da discussão: ‘’Logo que tirei o casaco, senti algo estranho na minha cintura… Era a minha pistola. Ela tinha a pistola apontada para mim. Naquele instante ela grita: Sai da minha casa ou mato-te. Ela dispara do lado do meu ombro esquerdo… Saiu o segundo tiro, disparou à cabeceira. Ela bateu-se com a própria pistola. Em seguida baixei os braços para enfraquece-la. A arma ficou virada para ela e naqueles movimentos, ela pressiona o gatilho sem eu perceber do que se tratava’’.

Sobre a falsa identidade, o arguido assumiu que havia colocado a sua foto naquele passaporte por questões de negócios, que envolvem segredos de Estado.

Na acusação sobre o porte ilegal de armas de fogo, o réu diz que está a ser injustamente acusado.

A sessão foi interrompida por volta das 18 horas desta segunda-feira e continua amanhã.

O País

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