Os dez vereadores e seis chefes de postos administrativos exonerados em Outubro por Tocova, retomaram hoje, às suas funções por decisão judicial.

Vereadores e chefes de postos exonerados por Tocova retomam funções em Nampula

Os dez vereadores e seis chefes de postos administrativos exonerados em Outubro deste ano no município de Nampula, norte de Moçambique, pelo autarca interino, retomaram hoje, segunda-feira (06), às suas funções por decisão judicial.

O presidente do município, Mahamudo Amurane, eleito pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), foi assassinado à queima-roupa a 04 de Outubro e o presidente interino, Manuel Tocova, do mesmo partido, procedeu às substituições.

Manuel Tocova nomeou novos dirigentes municipais, incluindo alguns que tinham sido demitidos por Mahamudo Amurane por alegada corrupção.

A antiga chefe do gabinete de Mahamudo Amurane, Maria Moreno, anunciou que os vereadores e chefes de postos administrativos exonerados vão voltar aos seus lugares pelo facto do Tribunal Administrativo da Província de Nampula ter considerado o seu afastamento ilegal. “Devemos cumprir a lei e devemos trabalhar até que um outro conselho municipal seja legalmente empossado”, armou Maria Moreno, citada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Na sequência das nomeações, o edil interino foi condenado a três meses de prisão com pena suspensa por desobediência, depois de se ter recusado a fornecer à Procuradoria da Província de Nampula documentação relacionada com as exonerações e nomeações dos dirigentes municipais.

 Apesar de não se ter desvinculado formalmente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido moçambicano, Mahamudo Amurane mantinha divergências públicas com a direcção da organização, chegando a acusar o seu presidente, Daviz Simando, de ditador.

Mahamudo Amurane já tinha descartado o apoio do MDM para a sua recandidatura a presidente da autarquia de Nampula nas eleições de 2018. Na semana passada, o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isaac Chande, disse na Assembleia da República que seis pessoas foram constituídas arguidas em relação ao homicídio de Mahamudo Amurane.

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