“Caso Albano Silva”: Dia da sentença em 2008 foi uma vergonha total - Nini Satar, Este foi um dos polemicos julgamentos onde se encontravam pessoas

“Caso Albano Silva”: Dia da sentença em 2008 foi uma vergonha total – Nini Satar

“Caso Albano Silva”: Dia da sentença em 2008!!!

“Não foi provado o disparo. Não houve perícia à viatura e nada foi feito no local do crime. Nenhuma diligência foi feita ao Hotel Rovuma, pese embora Dudu tenha indicado o andar e os quartos onde provavelmente tenham acontecido as referidas reuniões. Faltou perícia para confirmar tais afirmações,não foi nada feito no processo mesmo sabendo que tinha que haver investigação não obstante o Albano Silva e um advogado!Estes elementos mostravam-se fundamentais para o esclarecimento do crime
“excerto do acórdão lido pelo juiz Dimas Marrôa.

1 de Julho de 2008 em que a sentença foi lida, depois de mais de um mês de audiências. Será hipocrisia minha se vos dissesse que nós, os réus, não tínhamos medo da condenação.

É que para lá do que foi produzido durante o julgamento, sabíamos do maquiavelismo de Albano Silva que tinha em mãos todo o sistema. Só para terem uma ideia, a esposa, à altura, era primeira-ministra. Tanto assim foi que até a própria Procuradoria aceitou ir avante com uma acusação mesmo desprovida de provas. Augusto Paulino, na altura, era Provurador Geral da República graças ao facto de nos ter condenado injustamente no processo Carlos Cardoso. O cargo lhe foi dado como prémio. Ainda haveria de subir mais o Paulino….

Albano Silva dominava todos os corredores do sistema, fora isso tinha a imprensa pública a seu dispor. Estou a falar dos jornais “Notícias” e Domingo e da AIM, do esquisito Paul Fauvet. De certa forma, estávamos a lutar contra um gigante. Só para terem uma ideia, mesmo sem provas, Albano Silva conseguiu que os réus ficassem oito anos presos sem julgamento. Isto é absurdo!

A nossa única sorte é que quem presidiu o julgamento foi um juiz lúcido que não estava a soldo de Albano Silva: Dimas Marrôa. Valeu-nos também a cobertura de alguma imprensa independente que ia narrando os factos tal como aconteciam.

Pois bem: ao longo dos dias do julgamento saltou a vista de todos os presentes um facto inequívoco: Albano Silva havia inventado tal atentado contra si só para nos prejudicar.

É de tal sorte inadmissível que um advogado experiente como Albano Silva tenha passado a si mesmo- naquele julgamento- um atestado de incompetência. Não tinha prova testemunhal, pericial e nem documental. Foi de mãos vazias, a confiar no facto de ser esposo da primeira-ministra.

Recordo-me de na sentença o juiz Dimas Marrôa ter dito: “A prova testemunhal e pericial é uma lanterna que ilumina o juiz”. Como é que Albano Silva queria ganhar um caso deste? Usando as artimanhas de sempre: corromper o sistema.

Albano Silva convenceu (talvez com subornos ou promessas de ascensão no cargo ) aos magistrados que tinha dezenas de testemunhas mas que efectivamente no processo não havia nenhuma testemunha. Desfilaram declarantes arrolados pelo próprio advogado de acusação e que nada sabiam sobre o atentado.

Foi uma vergonha total!

E sabem quem era um dos advogados de Albano Silva? Bernardo Mavanga, um lambe-botas que antes, para exercer advocacia, havia estagiado no escritório de Albano Silva e tempo depois do julgamento foi nomeado PCA da TVM, por decisão da primeira-ministra, Luísa Diogo. Pelo menos teve algum prémio apesar da sua incompetência, tanto como advogado, assim como gestor de uma empresa como a TVM. Não é à toa que de lá foi corrido em poucos meses!

Só para terem uma ideia, no processo Carlos Cardoso o autónomo contra Nyimpine Chissano, o seu advogado era Albano Silva. Por isso que o processo arrastou anos e jamais foi julgado e nem o próprio Nyimpine foi preso. Era tudo premeditado e fruto de uma promiscuidade que só acontece em Moçambique. Não vejo isto a acontecer em países civilizados.

Contudo, ao cabo de tanto martírio todos nós fomos ilibados. Se me recordo que mais uma vez sentámos no banco dos réus por causa de Dudu, até provoca-me náuseas. Não sei como é que uma pessoa sem idoneidade nenhuma pôde arrastar até o sistema para aquele descalabro.

Esta é a forma resumida que encontrei para vos narrar o “Caso Albano Silva”. Há muito por escrever sobre este caso e nos próximos dias fá-lo-ei. O bom de tudo é que apesar de todo o maquiavelismo de Albano Silva, cá estou eu: vivo e a gozar de boa saúde. Cuidado com o filho de Deus!

PS: O vídeo aqui postado é do telejornal da STV do ano de 2008. O apresentador foi Ernesto Martinho que depois passou para a Miramar. Nessa altura ainda era jovem, meio anónimo, e não se pensava que um dia fosse apresentar o Balanço Geral. A STV na altura não tinha os apetrechos que tem hoje. Por isso a pouca qualidade da imagem, mas ressaltava a qualidade da informação. Foram tempos bons e também tinham bons profissionais.
No vídeo podem ver o Juiz Dimas Com alto estilo.
Também podem ver o malandro do Albano Silva o “lunatico”
Podem ver o Paul Danger cheio de vida pena que a vida interompeu,que Deus tenha a ele de melhor forma ficou 8 anos na cadeia injustamente.
O Meu irmão Ayob também cheio de energias.
Podem ver o Aníbal tava mais magro.
A verdade de tudo e que Albano Silva inventou uma mentira para privar liberdade de pessoas.
Depois da absolvição Albano Silva conseguiu com presidente do Supremo Mário Mangaze amigo do Albano transferir Dimas Marrôa para Nampula.

Material deste tenho muito armazenado. O meu arquivo é invejável. Por isso que não falo à toa. Provo.

Nini Satar

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