MDM da cartão vermelho ao desempenho de Nyusi

Lutero Simango considera que PR centrou avaliação da metade do seu mandato em questões marginais

O Movimento Democrático de Moçambique, através do chefe da sua bancada parlamentar Lutero Simango, considera que os dois anos e meio da governação de Filipe Nyusi foram marcados pela tensão política, dívidas ocultas e uma queda da qualidade de serviços básicos, facto que leva a dar uma classificação totalmente negativa.

“Foram dois anos e meio em que o povo se viu mergulhado numa crise profunda criada pela contração da dívida pública. Também assistimos a queda da qualidade do ensino e dos serviços de Saúde, e várias pessoas tiveram de deslocar-se devido a tensão político-militar. Todos esses factores mostram que a governação do Presidente eleito em 2015 deixaram muito a desejar e não responderam as necessidades básicas da população”, disse Simango.

O chefe da bancada do MDM disse ainda que Filipe Nyusi concentrou o seu informe em aspectos marginais, criticando assim, a omissão das dívidas ocultas que, segundo ele, são a grande preocupação dos moçambicanos, que querem ver responsabilizados todos implicados no processo.

“Os moçambicanos estão a ser obrigados a usar os seus míseros centavos para pagar uma dívida que nem sabem como foi contraída. O que o povo quer é ver os implicados na engenharia das dívidas ocultas a serem responsabilizados. Não basta condenar o antigo ministro da Justiça e os gestores financeiros das empresas envolvidas em actos de corrupção, o povo quer ver resolvido este assunto das dívidas e os culpados devidamente responsabilizados”, realçou.

O MDM considera não ser verdade que Nyusi melhorou as infraestruturas do país, uma vez que as mesmas não estão em zonas produtivas.

“Recentemente foi inaugurado o novo edifício do Banco de Moçambique, por exemplo, mas isto não tem nenhuma implicação no desenvolvimento do país. O que precisamos são infraestruturas que aumentem a produção e a produtividade”, disse Simango.

Lutero Simango reconhece os avanços na manutenção da paz, mas lembra que é preciso que o diálogo seja inclusivo.

O País

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