O Governo considerou baixo o risco de o vírus Ébola chegar a Moçambique, garantindo que foi reforçada a vigilância nas fronteiras, principalmente

Moçambique reforça vigilância nas fronteiras por causa do vírus Ébola

O Governo considerou baixo o risco de o vírus Ébola chegar a Moçambique, garantindo que foi reforçada a vigilância nas fronteiras, principalmente por onde entram cidadãos da República Democrática do Congo, a braços com um surto.

“O que foi dito pela representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o risco para o resto do mundo é considerado baixo“, Moçambique incluído, disse hoje em Maputo o director-nacional de Saúde Pública, Francisco Mbofana.

Aquele responsável fez o ponto de situação sobre o vírus Ébola numa conferência de imprensa conjunta com a representante da OMS em Moçambique, Jamila Cabral.

Citando várias vezes a representante, o director-nacional de Saúde Pública de Moçambique salientou que a probabilidade de o Ébola se propagar para fora da República Democrática do Congo (RDC) é muito reduzida.

“Mesmo em 2014 (quando a doença eclodiu), enquanto os outros países tiveram uma epidemia que durou mais de um ano e meio, o Congo conseguiu controlar a epidemia em três meses“, sublinhou Francisco Mbofana.

Concentramos (a vigilância) principalmente nos aeroportos, porque o transporte aéreo movimenta meio mundo“, mas também nas províncias de Niassa e Cabo Delgado, devido à proximidade com a Tanzânia, Malawi e Zâmbia, declarou.

Nos pontos de entrada de cidadãos estrangeiros, prosseguiu, os cidadãos da RDC ou que tenham transitado por aquele país são sujeitos a um inquérito para a avaliação de risco de infecção pelo Ébola.

Francisco Mbofana adiantou que as autoridades sanitárias estão preparadas para enfrentar uma eventual eclosão do vírus no país, desde que se registou a epidemia de 2014.

Por seu turno, a representante da OMS em Moçambique assegurou que o actual surto de ébola na RDCongo ainda não é uma emergência de saúde com importância internacional, pois está confinado a região remota daquele país.

A epidemia está numa zona bastante remota, de difícil acesso, por isso, o risco é bastante baixo para o mundo“, disse Jamila Cabral.

O surto, prosseguiu, representa um risco alto para a RDCongo, moderado para a África Central e baixo para o resto do mundo.

Jamila Cabral disse que três pessoas já morreram naquele país, desde que foi registado o primeiro caso no dia 21 de Abril, tendo sido contabilizados 21 casos suspeitos.

As autoridades sanitárias na RDCongo confirmaram em laboratório dois casos de um total de cinco já analisados, estando em monitorização 400 pessoas que entraram em contacto com pessoas suspeitas de estarem contaminadas.

[Folha de Maputo]

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