MDM e Manuel de Araújo de costas voltadas por causa do lixo

Membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ao nível da província da Zambézia manifestaram, este fim-de-semana, inquietação com a governação de Manuel de Araújo no município de Quelimane.

De acordo com o Jornal “O País”, na sua edição Online, os membros dos MDM das assembleias municipais das autarquias dirigidas pelo MDM, pediram explicações a Manuel de Araújo sobre as razões que ditam a não recolha atempada de lixo, atrasos nos pagamentos de salários, bem como a não alocação de uma residência para o presidente da Assembleia Municipal de Quelimane.
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Quisemos saber dos edis de Quelimane e Gurúè, mas sobretudo de Quelimane, a capital da Zambézia, o que tem ditado a sujeira na urbe, os salários, entre outros problemas. O nosso partido está a governar para melhorar a vida dos munícipes”, disse o delegado provincial do partido, Carlitos Manuel.

A reunião foi dirigida por Geraldo Carvalho, chefe nacional para Mobilização e Propaganda do partido do “galo”.

Carvalho disse que o questionamento feito aos edis, com destaque para o de Quelimane, não pode ser visto como acto interrogatório, mas sim uma acção que visa melhorar a vida dos munícipes.

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DE ARAÚJO ATIRA AS RESPONSABILIDADES

Respondendo às questões colocadas, Manuel de Araújo explicou que a autarquia ficou cerca de seis meses sem receber fundos de funcionamento por parte da Direcção provincial da Economia e Finanças, o que dificultou a execução de várias acções, incluindo o pagamento de salários dos membros da Assembleia Municipal.

De Araújo referiu que a situação só começou a ser normalizada com a intervenção dos deputados da Assembleia da República, nomeadamente, Eneas Comiche e Francisco Mucanheias, presidentes das comissões do Plano e Orçamento e da Administração Pública, Agricultura, Economia e Ambiente, respectivamente.

Bastou conversar com aqueles dois deputados, a quem coloquei o assunto, logo a seguir, o valor foi desembolsado, o que revela que havia falta de vontade por parte da Direcção provincial da Economia e Finanças de desembolsar aquela verba”, justificou.

Sobre a questão da recolha de lixo, De Araújo explicou que está há cinco anos à procura de espaço para o aterro sanitário, de modo a resolver em definitivo o problema. “Com o governador Itai Meque, não conseguimos. Com Joaquim Veríssimo, também não. Agora, com Abdul Razak, também estamos na mesma situação. É por isso que, muitas vezes, quando chove, as águas fluviais misturam-se com lixo, provocando doenças para a nossa população”, disse De Araújo, assegurando que “fazemos de tudo para ultrapassar isso, mas a falta de um aterro sanitário” é o principal constrangimento que provoca a fraca gestão do lixo.
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De salientar que tem surgido noticias que apregoam de viva voz que Manuel de Araújo não será candidato do MDM pelo município de Quelimane, dado aos desentendimentos e falta de espaço dentro daquele partido dirigido por Daviz Simango.

Fonte: Folha de Maputo

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